quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

No escurinho do cinema...

Antes de começar este post (esta é a segunda vez que faço isso) fui fazer uma rápida pesquisa....e muitas contas.

O filme, se não me engano, era Amor Além da Vida. E o ano 1998. Pelas minhas contas, estava no auge dos meus 16 aninhos. Ou seja, o dia fatídico já havia ocorrido há uns dois anos. Mas a verdade é que tirando as repetidas vezes com o primeiro, até o momento, não havia um segundo, um terceiro, ou mesmo uma lista.

Não sei exatamente o que aconteceu naquela tarde. Nem se já estava rolando um clima entre eu e o V. Ele era meu amigo/vizinho desde a terceira série. Tivemos tempos inseparáveis e brigas homéricas. Uma delas, depois deste episódio.

Ele era um japones (olha que eu tinha trauma hein!?) muito inteligente e divertido e sair com ele era sempre garantia de boas risadas. Mas a verdade é que eu estava (ainda estou?) naquela fase que não importava o 'estar a fim' ou o 'gostar', muito menos o 'tesão'(não! agora o tesão importa e muito!). O que fazíamos era contabilizar! Quantos meninos beijamos, quantos deixamos pegar no bumbum, quantos tentaram e não deixamos, e etc.

Uma tarde sabe-se lá de que dia - não lembro direito o que era: fds? feriado? Só sei que na semana seguinte teve aula. Enfim, fomos ao cinema. Eu e o V.

Estava com uma mini saia e uma blusa com gola em V. Muito mais comportada que as de hoje. E o filme, bom? Uma MERDA! (desculpem-me os que gostaram!)Um ótimo pretexto para que os amassos começassem. Lembro que ele beijava muito bem...e eu, bem, eu estava com vontade...como diz uma amiga, uma vez que a caixinha abre, não fecha nunca mais. E a gente não sabe o que é picolé sem nunca ter provado, não é mesmo? Mas se faz um calor.....

Enfim, nos beijamos. Um beijo molhado, gostoso. Eu coloquei minha mão na nuca dele e ele nas minhas costas. Sem que parássemos de nos beijar, o V foi caminhando com a mão para o início da minha blusa. Ele já sabia exatamente o que queria, e tentava 'jogar um verde' para ver até onde eu toparia ir. Quando dei por mim, ele já pegava nos meus peitos. E me beijava com um gosto! Eu nem boba nem nada, lhe retribuía o carinho, com passadas rápidas das mãos por suas coxas e subindo para seu umbigo...mal encostava em sua calça.

O V tinha uma pegada irresistível e um beijo melhor ainda. A sessão de cinema ia em frente e nós também. A respiração cada vez mais ofegante, os beijos mais quentes, as mãos mais taradas. E foi só no fim do filme que eu (ainda um pouco inocente) percebi que ele tinha chegado ao clímax e teve que correr ao toalette logo que acenderam as luzes. Eu saí do cinema de qualquer jeito. Completamente descabelada, com o fecho da saia para trás e uma gola V muito mais decotada do que era originalmente.

Já não tínhamos mais jeito de nos olhar. Éramos amigos de anos...e isso nunca passaria por nossas cabeças. Lembro que fizemos questão de voltar logo para casa. Uma parada rápida no Mac do shopping - batas fritas e uma casquinha - e logo meu pai chegou para nos buscar.

A briga homérica ficou por conta do dia seguinte, na escola. Enquanto eu tentava de toda forma esconder de todos o que tinha acontecido (o menino que eu 'gostava' não poderia desconfiar), ele fez questão de se gabar para o colégio inteiro. Ficamos anos sem nos falar.

Já pelo 2 ano do colegial (acho que um ou dois anos depois) saímos novamente. Eu tinha acabado de ir no cabelereiro e fazer o corte mais radical da minha vida. Ele, que ainda era meu vizinho, me chamou para tomarmos um vinho na casa de sua mãe, que tinha ido viajar. Lembro de rirmos muito lembrando do cinema. E, na volta para casa, nos amassamos no muro do colégio. Nada além de uns bons beijos, entre bons amigos.

Imagino o que terá acontecido com ele agora... quem sabe não teríamos uma chance de quebrar o tabu e rir mais uma vez?

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